quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ouse


Pra que bola de cristal, quando sei que vai dar certo?
Mas que cético tão poético, quando dizes que está crendo!
São vitais que nossas vidas sigam afinco nesse afim.
Por favor, sem bobeada, nessa tênua ingenuidade!

Larga dessa louca gastura, se aquiete só comigo.
Quem não vê o pôr-do-sol, se inibe ao nascente.
Moço infludo, tão totoso, sai da toca, mostra o rabo.
Acredite que Afrodite faz de ti um apogeu.

Nossa sorte está lançada, procuramos nossas táticas.
Nesse jogo só quem ganha, quem também sabe perder.
Vamos logo, não se oculte. Mostre a face dos dois lados.

Possessivo no amor, não se oponha, me aposse.
Domadora, eu te caço e te faço sedutor.
Dê-me a gula de ter-te nas gotículas do teu suor.


Silvia Dunley,   12.10.10.

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