quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Em vão


Tentei te esquecer. . .  Mas que nada!

Procurei tantas fugas. Fora inútil.
Ocultei meus anseios. Que bobagem.
Caminhei em pedaços. Só doía.

Violentei-me consciente. Que maldade!
Fiz-me forte como a rocha. Eu roí.
Eu briguei com minha alma. Muito mal.
Quase fui a nocaute. Que loucura!

Não parei pra perceber o tamanho das feridas.
Escondia-me do mundo, maltratava meu pisar.
Tropecei tantas vezes que enfim, acordei.

Moço sábio, quase um Deus, tu roubastes meu viver.
Bem mansinho, na surdina, tu moldavas uma Deusa.
Mas agora te pergunto: Como chego ao Olimpo?

Silvia Dunley,    03.08.2011