segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Pincelando com arte



Seu perfume inebriante faz-me tonta e inquieta.
Sua voz me acalma e desperta as amarras.
Provocando sensações pra manter paixões acesas.
Nossos corpos se agasalham em volúpias tão ardentes.

Tão serena quanto doce, eu te faço minha parte.
Dou-te beijos de amor, alma e pele sem temor.
Nesse nosso 'Santuário' ninguém pode nos tocar.
Refletindo nossos corpos entre folhas do outono.

Lapidamos com brilho poucas pedras dessa Ninfa.
Caminhando lado a lado pincelamos esses corpos.
Palpitando por desejos, degustamos os carinhos.

Acaricio cada pedaço seu com nossas bocas coladas.
A cada instante me torno uma nova mulher pra ti.
Incendeia, desnorteia, serpenteia a certeza da nudez.

Silvia Dunley. 26.12.2011



Meio Amargo

Centelhas pontilham seu nome em rimas.
Como pude criar esse trama e ser prisioneira?
Sinto pudor, não minto. Sinto rubor, mas quero
Perco os sentidos mas te trago em pensamentos.


Delicio teu dorso em doses ousadas.
Contorno teus lábios com hábeis roçar.
Procuro teu corpo com ânsia amar.
Meu ventre lhe chama pra dança do ventre.


Corpo molhado , seios rígidos. Castiga-me querer.
Me cubro aos lençóis mas tu me descobres.
Meio amargo viver devaneios que se alimentam de nós.


Que cena babesca ! Que sina tão fina !
Que febre de amar ! Loucuras tão puras...
Meio amargo criar esse mundo e ter-te tão longe.


Silvia Dunley. 25.12.2011

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Indulto Natal

Desci as escadas, mas também cheguei ao sótão,
Trilhei passadas gastas onde só havia espinhos,
A vida fez-me refém dos meus próprios momentos,
Aos poucos fui atirando o véu ao vento arfante.       
Enxerguei no escuro grandes monstros famintos,
Colhi belas rosas sem receio de perder tanto medo,
Busquei-te no fundo mais fundo de um poço sem água,
Bebi minha sede num vôo condor com pompa rapina.

Criei meus castelos no meu íntimo pensar,
Não havia janelas nem tão pouco, masmorras,
Asas nasceram e fiz-me liberta de tantos ‘monstrinhos’.


Da fúria do mar e dos ventos odiosos,
Do meigo beija-flor ao temido leopardo,
Fiz-me tão forte que criei asas e voei ao Senhor.

                                          Silvia Dunley     21.12.2011

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Me adote

Meu vício é te amar, te querer sem ter posses,
Sentir sua pele macia tatuada com meu nome,
Tocar sua boca carnuda com dedos bem afinados,
Roçar meu corpo ao seu, fazendo a cama macia.

Gritar seu nome sem medo e ouvi-lo no Everest,
Reter as línguas felinas com fome de críticas vãs,
Abrir seus úmidos olhos e sentir seu corpo tão quente!
Criar travessos desejos, te lambuzando um bocado!

Menino fagueiro, faceiro, levado da breca,
Me tens sem pudor , me fazes mulher,
Me adote, me tenhas do jeito do avesso.

Desperto nesse velho moço, a vontade de amar,
Liberto suas magias que me levam ao prazer,
Aprisiono esse corpo suado entre minhas entranhas suas.

Silvia Dunley      20.12.2011


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Bon Jovi - It's My Life (Live in Rock In Rio Madrid 2010)

Sou teu anjo

Tanto temor ao me amar.Tantas vontades contidas.
Receios de uma nova paixão rasgando esse peito vivido.
Meus gritos ecoam sentidos que te façam ser grande.
Minhas mãos procuram somar dois corpos em um.


Te quero com tanto desejo que me tornei o teu anjo.
Preciso cair em seus braços e te fazer um feudal.
Despir-me em suaves carinhos e bailarmos os ais.
Sentir-me então sua dona e caçar-te com fome leoa.


Voaria além das nuvens pra ceder-te essa sede.
Calaria esse corpo conquistando suas vontades.
Degustava cada impulso com a arte de menina.


Sou seu anjo de verdade mas também uma capeta.
Certamente farias conhecer-me de verdade .
Com carinho acetinado ou loucuras apimentadas, me daria.


Silvia Dunley    03. 12 . 2011

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Seu vôo

Entre trancos e barrancos , conheci um novo mundo.
Éramos dois em um só. Eu perdi minha metade.
Caminhei entre soluços e aos poucos, me erguia.
Fui guerreira, destemida e trilhei novas passadas.

Tenho todas as saudades que se brotam dos meus olhos.
São lembranças que avultam, te trazendo para mim.
Novamente eu repriso esse amor que foi aos céus.
Nossa história colorida foi parar nas mãos de Deus.

Como faço meu senhor pra viver sem esse homem?
Procurando uma resposta, negativo meu viver.
Nessa perda tão doída, me tornei uma bandida.

Sou aquela que se brota entre todas as saudades.
Hoje, fria e calculista, vivo um tempo sem ter tempo.
Como posso ainda estar viva, se morri naquele dia?!

Silvia Dunley,      19.11.2011

Me permita

Quem dera pudesse, beijar-te com arte,
Rasgar tuas vestes ousando minhas mãos,
Despir-me menina e fêmea vestir-me,
Trocar fantasias que permitam ousar.

Colher nossos toques num sonho real,
Cobrir o seu dorso com seios sedosos,
Roubar o seu íntimo na úmida alcova,
Caçar esse macho que cheira prazer.

Desvios faria nas entranhas famintas,
Seriam delírios nascidos por nós,
Dois corpos criados com tamanho encanto.

Queria ser mágica para levitar-me em ti.
Louca também para matar-te em prazer,
Secar tua pele com lábios molhados.

Silvia Dunley,          28.11.2011

sábado, 17 de setembro de 2011

Criador x Criatura

Curioso, moço! Como tô te querendo!
Fotografando você por palavras retilíneas,
Limitando suas vontades, te buscando inconsciente,
Dedilhando histórias nessa nua realidade.

Insanos somos, tão loucos de amor!
Quantas cartadas num jogo que cheira empate,
Belisco meu ego em pose Minerva,
Questiono o por quê de ser tão travessa.

Te tenho em sonhos de um jeito que quero,           
Crio esse mito soberbo, rasgando meu seio,
Laço vontades latentes nesse lapso ‘amar’.

Desnudo essa alma-menino com toda a malícia,  
Esboço esse moço-maroto com beijos molhados,
Crio um Pégaso-porreta que voa em prazer.

Silvia Dunley,   17/09/2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Moço danado

Deitar-me nos sonhos vividos por nós.              
Acordar seus anseios com meus devaneios,
Sombrear este homem com minha miragem.
Arranhar o seu dorso com tantas carícias.

Cair em seus braços com fortes odores,
Saciarmos a vontade de sermos um só.
Roçar nesse corpo gotículas de amor,
Tremer as vontades com grandes abalos.

Pudesse voar até o ínfimo prazer,
Criar brincadeiras nos banhos afagos.
Morder-te sem pressa de um jeito “abessa”.

Menino maroto de um tempo vivido,
Cabelos grisalhos que apelam meus “ais”,
Sacudo teu tempo, te faço viril.

Silvia Dunley,   09/09/2011




Vício x Amor

Afagos arfantes, carícias borbulham.
Penumbra esse vício que sinto por ti.

Tateio tua sombra com a ponta dos dedos,
Descubro tua alma com posse de nobre.

Atiço olhares viçosos, famintos,
Sugo sedenta a cada ousadia.
Precisa essa entrega que envolve desejos.
Encontro essa força chamada paixão.

Caminhos bem longos nos levam ao ápice.
Perdi-me de vez. Não sei e nem quero voltar.
Me entrego sem trégua, sem tempo no mundo.

Me enrosco em seus braços amassos.
Deu-me paz, os sonhos e ganhos,
Fez-me sua, muito fêmea e bem amada.

Silvia Dunley     31/08/2011

Nossa paixão

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Em vão


Tentei te esquecer. . .  Mas que nada!

Procurei tantas fugas. Fora inútil.
Ocultei meus anseios. Que bobagem.
Caminhei em pedaços. Só doía.

Violentei-me consciente. Que maldade!
Fiz-me forte como a rocha. Eu roí.
Eu briguei com minha alma. Muito mal.
Quase fui a nocaute. Que loucura!

Não parei pra perceber o tamanho das feridas.
Escondia-me do mundo, maltratava meu pisar.
Tropecei tantas vezes que enfim, acordei.

Moço sábio, quase um Deus, tu roubastes meu viver.
Bem mansinho, na surdina, tu moldavas uma Deusa.
Mas agora te pergunto: Como chego ao Olimpo?

Silvia Dunley,    03.08.2011

domingo, 17 de julho de 2011

Fragmentos de amor

Contornar úmidos lábios na ponta dos dedos,
Sentir teu odor nas vestes que visto.
Íntimo tímido. Você berra em sussurros,
Bebemos sedentos os deleites finais.

Mas temos todo o tempo do mundo, e como!
Que paixão desenfreada, tentadora e consciente,
Tempo apressado, buscas constantes,
Criamos dois deuses de puro prazer.

Tens o leme desse barco, tens o dote dessa dama,
Sua língua bem felina faz contorno no meu corpo,
Purifica o meu corpo, alicia meu pecado.

Entrego-me nesse vício chamado você,
O amor mais puro se estendeu na penumbra.
Bem melhor que seja assim, pois jamais terá um fim.

Silvia Dunley, 02/07/2011

Na Pele

Desperto essa sede, sacio aos goles,
Te faço sonhar num mundo tão íntimo.
Intocável, mas irrequieto, tu és o meu anjo,
Fagulhas acendem nos corpos em brasa.

Disserto espojada, a garra de fêmea,
Tudo começa num grande silêncio,
Aos poucos ousamos gemidos de amor.
Na pele sentimos um imenso calor.

Me viro de um jeito pedindo seus beijos,
Procuro em suas mãos um toque de macho,
Sussurro aos gritos vontades contidas.

Desperto em ti malícias divinas,
Eu peço os sins com fome de ti.
Me fazes mulher neste corpo carente.

Silvia Dunley    16.07.2011

Retrato Falado



Fortaleza erguida nos tombos da vida.                          
Ser pluralista num mundo tão ímpar,
Força constante no universo machista.

Vida crescente nas curvas elípticas,
Sorriso escondidos nos escombros chorosos,
Conquistas tremulam no topo do monte.
O vento balança, a mulher o desafia.

Seguro bem firme um pedaço de mim,
Reflito ao espelho, como posso e consigo ?
Bato em meu peito com brio de fêmea !

Quem disse que somos tão frágeis assim ?
Quem sabe vocês do íntimo mulher ?
Quem ousa dizer que nascemos da costela de um homem ?

Silvia Dunley,          16/07/2011  

domingo, 3 de julho de 2011

Breve retorno

Retorna esse moço bastante sofrido,
Ocultando na face mágoas passadas.
Sorrio pra ele e nada pergunto,
Toco sua barba, já bem mais branquinha!

Caminho suas rugas que o fazem mais velho,
Procuro esse homem ainda menino.
Mato a saudade que vive em nós,
Mato vontades que sopram esses ventos.

Por que tantas vindas ao meu porto-mulher?
Lá fora se vê perdido em seu rumo,
Se rende, se vende, se joga pra mim.

Momentos só nossos, nos fazem arfar.
Rende-se a mim de um jeito criança,
Faço esse homem dosar esse corpo.

Silvia Dunley 03.07.2011

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ao professor

Liderança, sensibilidade e dedicação,

Enfatizando a cultura, nasce a “célula professor”,

Definindo atitudes que nos ajudam nos problemas.

Frases em negrito ou cores berrantes, certeza de um futuro.


Sonhos que nascem e que aos poucos se tornam reais.

Idealizador incansável, o raio-X de um país em crescimento.

Cultura de especialista dentro de suas características,

Um profissional acima de todas as dificuldades possíveis.


O nosso conhecimento é do tamanho de um pingo d ‘água,

Mas a nossa ignorância é do tamanho de um oceano,

E por isso, todos os dias, aprendemos coisas novas.


Horizontes descortinam, um novo mundo se abre diante de nós,

Lá traz, abraçamos o mestre que não poupou esforços,

Com carinho e respeito, nos ensinou, do A ao Z, a nossa caminhada. 


Silvia Dunley  10/06/2011

Medo de amar


Olhar pra você só, já não basta.
Te contemplo sem piscar os olhos,
Para não perder nenhum sentido desse agora.
Mágicos momentos num turbilhão de segundos.

Cuidar dos caprichos, polindo esse amor,
Meu peito rejeita esse novo viver.
Quase enlouqueço de tantas vontades.
Questiono: Por que só vivo pra mim?

Deus abençoa um brinde a nós dois.
Receio um começo que possa doer,
À muito adormeço nas grades da alma.

Te vejo, te quero, preciso de ti,
Procuro um espaço com toda clareza,
Me vejo em seus braços, galgando prazeres.

Silvia Dunley,    22/06/2011 

Boêmio



Vivem na noite em bares antigos,
Frequentam as casas de conveniências,
Vida de agito, farra e de muitas inspirações,
Erguendo nas mãos uma gelada cerveja.

Aventureiro, o boêmio vive a vida solitário,
Compondo sempre a essência de um show,
Ama o novo, o diferente e sempre se renova,
Faminto do desconhecido e do exótico.

Ele é um grande artista! Faz com arte sua arte,
Cria a sua própria história e se torna imortal,
Sua cultura idealista se transforma em anarquista.

Nessa mesa de amigos, cada qual voa mais alto,
Se tornando presas fáceis, pois a vida não perdoa.
Pra safar dessas mazelas, o boêmio toma Boêmia.

Silvia Dunley,    23.06.2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Fibra sertaneja

Surgem então folhas secas. Toda terra fragmenta,

A colheita foi pro brejo, não se tem o tempo certo.
Quando chega a fina chuva, vem trazendo tempestades.
Sertanejo agradece pelo milho e o feijão.

O matuto faz a prosa, mas a vida se proseia,
Vê e vive essa luta com tamanha artimanha.
Sabiá procura abrigo na viola desse canto.
Bem na beira de um riacho, ele espera a bonança.

Pisa firme esse caboclo nesse solo duro e seco,
Traz consigo essa força que alavanca seu viver,
Vê de longe um tempo negro, mas entoa um pedido.

Geografia desumana onde só vislumbra o árido.
Sem ter água, plantações e melhoras de futuro,
Ele encarna na pele e no osso, um eterno sertanejo.

Silvia Dunley.    15.06.20011.

Gostaria de

Cessar teu calar com serenos afagos.
Tocar tua face com úmidos lábios.
Roçar-me sem pressa nos braços amassos.
Cruzar minhas mãos em hábeis carinhos.

Sentir teu odor nas vestes que visto.
Fazer contra-mão ,neste homem turrão.
Correr em tuas veias, a espera do resto.
Viver sem pressa neste apego chamego.

Furtados prazeres com nossas conquistas.
Mágicos momentos vividos e despidos.
Jurados em corpos, volúpias carnais.

Criamos segredos contidos no êxtase.
Violamos as regras no luxo selvagem.
Bebemos sedentos os deleites finais.

Silvia Dunley 03.05.2011