segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Meio Amargo

Centelhas pontilham seu nome em rimas.
Como pude criar esse trama e ser prisioneira?
Sinto pudor, não minto. Sinto rubor, mas quero
Perco os sentidos mas te trago em pensamentos.


Delicio teu dorso em doses ousadas.
Contorno teus lábios com hábeis roçar.
Procuro teu corpo com ânsia amar.
Meu ventre lhe chama pra dança do ventre.


Corpo molhado , seios rígidos. Castiga-me querer.
Me cubro aos lençóis mas tu me descobres.
Meio amargo viver devaneios que se alimentam de nós.


Que cena babesca ! Que sina tão fina !
Que febre de amar ! Loucuras tão puras...
Meio amargo criar esse mundo e ter-te tão longe.


Silvia Dunley. 25.12.2011

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