domingo, 17 de julho de 2011

Fragmentos de amor

Contornar úmidos lábios na ponta dos dedos,
Sentir teu odor nas vestes que visto.
Íntimo tímido. Você berra em sussurros,
Bebemos sedentos os deleites finais.

Mas temos todo o tempo do mundo, e como!
Que paixão desenfreada, tentadora e consciente,
Tempo apressado, buscas constantes,
Criamos dois deuses de puro prazer.

Tens o leme desse barco, tens o dote dessa dama,
Sua língua bem felina faz contorno no meu corpo,
Purifica o meu corpo, alicia meu pecado.

Entrego-me nesse vício chamado você,
O amor mais puro se estendeu na penumbra.
Bem melhor que seja assim, pois jamais terá um fim.

Silvia Dunley, 02/07/2011

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