quarta-feira, 6 de março de 2013

O poeta e sua deusa


Um escravo poeta que vence em rimas.

Uma deusa escarlate que intriga nobreza.

Duas almas vestidas em diamantes textos.

Dois seres distintos levados ao vento.

 

Aos cantos cantamos sonatas tão ébrias.

Aos poucos criamos castelos sem portas.

Pousamos o lápis no ritmo do íntimo.

Absortos voamos nas asas querer.

 

Quem dera poder deter-te em sílabas.

Roubar teus encantos aos sonhos meus.

Criar aventuras no mundo amantes.

 

Coroar-te meu rei nas frases carnais.

Ousar nas palavras e galgar no teu dorso.

Esculpir dois deuses criados em rimas.

 

Silvia Dunley     14.12.2012

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