quarta-feira, 6 de março de 2013

Meu solitário

 

Preciso de certezas. Caminhos firmes.

Lágrimas se fazem nessa alma doída.

Rogo ao senhor bonança e coragem.

A fé eu as tenho entre solitários meus.

 

Dobrei as esquinas escuras da vida.

Galguei ao cume em apelos áureos.

Deitei-me no leito em pedras ao limo.

Criei novo mundo roído por ratos.

 

Sufoquei esse pranto aos prantos.

Bebi goles e tragos em dias tão negros.

Colhi belas rosas com profundos espinhos.

 

Sentei-me por instantes diante do mundo.

Fitei esse enigma clamando justiça.

Muito hei de aprender bater uma vez nessa vida.

 

Silvia Dunley     15.11.2012

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