Aos gritos e
sussurros ganhamos o natal.
Enfeites
coloridos ofuscam as verdades.
Pessoas
apressadas procuram consumir.
Embalamos
presentes ao ego renascido.
Cegamos
nossos gestos ao pobre sofredor.
Caminhos
derrapamos ao ver tantos ao chão.
Calamos
nosso grito aos sonhos moribundos.
São gentes
como nós que habitam as calçadas.
As noites
são infestas aos cantos carentes.
A brisa traz
o cheiro nas trincheiras da sina.
A burguesia
traz os dogmas aos pobres coitados.
Palacetes se
acendem na magnitude plena.
A mesa tão
farta se farta em louças tão raras.
Aqui bem
pertinho, no canto da rua, Deus o abraça!
Silvia
Dunley 03.12.2012
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