quarta-feira, 6 de março de 2013

Sem ilusões


Do nada apareces e pensas cobiçar-me.

Tua ginga sorrateira já não me faz refém.

Refiz os meus caquinhos num jarro de cristal.

Caminho mais feliz nessa íngreme estrada.

 

Não quero tuas migalhas na troca desse amor.

Sou forte como rocha, pois tenho um peito amigo.

Não vendo sentimentos em troca de arranhões.

Prefiro a solidão, pois não estou à venda.

 

Já não sei as tantas vezes que fugas te levaram.

E de quantas noites e dias esperando por ti.

Sentindo na alma esse homem de gelo.

 

Me fiz de aço onde a ferrugem não me corrói.

Hoje te vejo tal qual uma folha que cai ao chão.

Levado ao vento aos cantos dos desencantos.

 

Silvia Dunley     07.08.2012

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