quarta-feira, 6 de março de 2013

Meus sais


Que paixão desenfreada e tentadora.

Onde tudo se permite ao odor inebriante.

Seduz meu pudor na cobiça dos meus ais.

Combato esse homem faminto em prazer.

 

Eu me entrego nessa cama fofa e úmida.

Tu despertas meu dormir e abafas meu falar.

Arrepia nossos corpos e furtiva nossa alma.

Entorpece alquimia ao prazer de se entregar.

 

Um duelo sem derrotas, impulso racional.

Lábios molhados ousando carícias nossas.

Toques macios aos deleites dourados.

 

Cativa-me por inteira nesse dote dama.

Purifica meu corpo e alicia meu pecado.

Bebemos sedentos segredos selvagens.

 

Silvia Dunley     18.09.2012

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