terça-feira, 2 de outubro de 2012

Uma folha ao vento



Intenso inverno congela meu corpo
Na alma eu trago teu nome quentinho
Sinto essência molhada aos pingos caídos
Reflito ter-te em miragem aos raios cortantes

Meus ombros já um tanto cansados se calam
Meus pés vagantes e rápidos desenham atalhos
Me sinto tal qual uma folha que cega acerta o rumo
Meus olhos um tanto úmidos escondem saudades

Não busco histórias criar, mas a vida artista me fez
Tão pouco não nego que imortalizei um Deus
Que nos invernos da alma teu sol brilhou as cegas

Que acalantei nossos corpos sob leitos arfantes
Aos delírios calores aquecíamos desejos
Que deixamos um legado aos amantes delirantes

Silvia Dunley 24.06.2012

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