quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Indulto Natal

Desci as escadas, mas também cheguei ao sótão,
Trilhei passadas gastas onde só havia espinhos,
A vida fez-me refém dos meus próprios momentos,
Aos poucos fui atirando o véu ao vento arfante.       
Enxerguei no escuro grandes monstros famintos,
Colhi belas rosas sem receio de perder tanto medo,
Busquei-te no fundo mais fundo de um poço sem água,
Bebi minha sede num vôo condor com pompa rapina.

Criei meus castelos no meu íntimo pensar,
Não havia janelas nem tão pouco, masmorras,
Asas nasceram e fiz-me liberta de tantos ‘monstrinhos’.


Da fúria do mar e dos ventos odiosos,
Do meigo beija-flor ao temido leopardo,
Fiz-me tão forte que criei asas e voei ao Senhor.

                                          Silvia Dunley     21.12.2011

2 comentários:

  1. Tive conhecimento do seu blogue através do
    Facebook.Minha página é Marques Irene.
    Se quiser visitar um dos meus tinha muito
    gosto.
    http://intemporal-pippas.blogspot.com
    http://sinfoniaesol.wordpress.com
    Um Feliz e Santo Natal.
    Irene

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