quarta-feira, 20 de abril de 2011

Diamante bruto


Temerosa afastei-me. Prontamente agucei-me, 
Assumi grandes monstros nesse mundo incolor.
Trancadas as portas, tremidas tramelas.
Dormi no breu. Guardei-me na vigília.

Vivi junto ao Forte... balas de festim.
Janelas empenadas, fantasmas à vista.
Contei, sem conter-me, os enigmas da mente,
Feria-me a alma, um Déspota havia.

São fatos de fato. Nada a temer
Cobiças certeiras num vácuo perdido.
Lapsos injustos num tempo só meu.

Teu nome ressoa no fundo da gruta.
Lapido com arte esse bruto diamante.
Garimpo na mina, o homem que amo.

Silvia Dunley,         13.01.2011

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