sexta-feira, 22 de junho de 2012

Pote de ouro


Guardei seu amor num alabastro de ouro
Borrifava lentamente esse meu ventre airoso
Monologava reverências anuindo suas carícias
Exalava lucidez na mais débil sensação

Tão astuta quanto tola fui rasgando emoções
Te fazia adormecer bem juntinho ao meu corpo
Embalei suas tardes e as noites eram suas
Aprisionei esse amor dentro desse peito dama

Triunfei nessa alcova sob ébano recinto
Facínora moço detinha meus ais
Cedi aos encantos encontros só nossos

                              Perdi-me em ti num achado mulher
                              Te fiz o melhor nessa entrega áurea
                              Criei esse Deus nessa herege entrega

                               Silvia Dunley  14/06/20
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