domingo, 6 de maio de 2012

Da minha costela


Tomara que eu tenha feito "gente" de verdade
Que agasalhe quem sinta frio na alma e no corpo
Que alimente famintas bocas num prato bem quente
Escute aquele que a vida o fez miserável viver

Ensine sem cena e reparta sua parte sem pena
Que grite bem alto aos podres ouvidos déspotas
Mergulhe em carinhos aos sujos pedintes de amor
Agradeça à Deus o muito que poucos tiveram

Que ergam castelos e muralhas se façam
Ecoem bramidos de feras feridas
Que ondas nos cubram nas praias desnudas

Engasgados mundos enganos se danem
Que prolatem em prol das verdades nascidas
E façam girar um mundo despido de utopias

Silvia Dunley       24/04/2012 

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