Surgem então folhas secas. Toda terra fragmenta,
A colheita foi pro brejo, não se tem o tempo certo.
Quando chega a fina chuva, vem trazendo tempestades.
Sertanejo agradece pelo milho e o feijão.
O matuto faz a prosa, mas a vida se proseia,
Vê e vive essa luta com tamanha artimanha.
Sabiá procura abrigo na viola desse canto.
Bem na beira de um riacho, ele espera a bonança.
Pisa firme esse caboclo nesse solo duro e seco,
Traz consigo essa força que alavanca seu viver,
Vê de longe um tempo negro, mas entoa um pedido.
Geografia desumana onde só vislumbra o árido.
Sem ter água, plantações e melhoras de futuro,
Ele encarna na pele e no osso, um eterno sertanejo.
Silvia Dunley. 15.06.20011.
amei a poesia.beijos linda noite!
ResponderExcluirOlá querida! Parabéns, adorei tudo que vi, em especial seus versos e a canção linda de Elis Regina. É um passeio gostoso estar aqui, desfilar no seu jardim e colher tanta beleza. Um beijo!
ResponderExcluir"Geografia desumana onde só vislumbra o árido.
Sem ter água, plantações e melhoras de futuro,
Ele encarna na pele e no osso, um eterno sertanejo"