Sentamos ao banco sob íntimos olhares.
Suas mãos
macias tocaram minha pele.
Nossas bocas
molhadas detinham prazer.
Aos poucos
te vi roubando meus ais.
Menino
homem, boêmio da vida.
De amores em
portos aos cais dos caus.
Que vive da
noite e amanhece nos bares.
Se deita nos
leitos rifados no peito.
Quem cura
teus porres das mágoas da alma?
Quem vive
esmolando esse amor tão bandido?
Como
deter-me num porto inseguro?
Não temo as
lágrimas, mas sim tantas idas.
O tempo nos
leva aos gritos arfantes.
Me entrego
tão cega nas sombras das sobras.
Silvia
Dunley 04.08.2012
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