sexta-feira, 22 de junho de 2012

Na sombra da noite


Trigueiro na cor e maroto ao falar
Seu passo malandro me chama de fato
Em gestos sedosos me rouba olhar
Te vejo de um jeito boêmio de ser

Histórias trazidas dos bares da vida
Cervejas e tragos em goles de sede
Saudades borbulham em gotas geladas
Mulheres e jogos vencendo o azar

Trigueiro menino com mais de sessenta
Que encanta e arrisca no meio à viola
Feitiça as damas e corteja as puras

Que traça poesia do peito e da pauta
Simula tristeza ao abrigo biscate
Que leva minha alma aos Arcos da Lapa

Silvia Dunley      25.03.2012

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