Reclinei minha cabeça sob a dor que atormentava,
São saudades de você que furtavam minha alma.
Tu voastes para as estrelas e contigo, minha essência.
Hoje piso vagarosa, sem ter pressa, sem ter hora.
Minha face se desfaz, mas contenho minhas lágrimas,
Nem a cor não é mais púrpura, é apenas acinzentada.
Sobrevivo ao flagelo de uma ausência tão presente,
Tu roubastes a minha paz e sequestrastes as alegrias.
Toda flor me lembra a ti, todo verso me transporta.
Eu te tenho nas manhãs e adormeço em teus braços,
Esse amor eternizou-se quando Deus te raptou.
À deriva eu fiquei e perdi-me nessa busca.
Nesse solo sem firmeza, meu caminho descaminha,
Como posso ainda estar viva, se morri junto contigo?!
Silvia Dunley, 09/05/2011
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