terça-feira, 2 de outubro de 2012
Alma de poeta
Ele tem a
experiência em murmurar
De enfatizar cada palavra em silêncio
Destemido que possam rir de suas linhas
De enfatizar cada palavra em silêncio
Destemido que possam rir de suas linhas
Dos textos nascidos
dos devaneios poetas
Cigarros entre os dedos lêem rabiscos seus
Mais um copo de vodca e depois de vinho
Um gesto simples pra ocupar as mãos e os olhos
De alma borbulhante, o poeta respira poesia
Adormece com a pena e flutua em palavras
Descobre o manto que cobre os amantes
Perdoa os casos que ficaram ao acaso
Cigarros entre os dedos lêem rabiscos seus
Mais um copo de vodca e depois de vinho
Um gesto simples pra ocupar as mãos e os olhos
De alma borbulhante, o poeta respira poesia
Adormece com a pena e flutua em palavras
Descobre o manto que cobre os amantes
Perdoa os casos que ficaram ao acaso
Analisam o mundo de um jeito jocoso
Creditam saudades escritas em rimas
Debulham suas lágrimas em noites de versos
Silvia Dunley 17.07.2012
Violetas pra mim

Tentei pensar em
uma canção pra cantar
Um poema para
escrever e declamar
Mas todas as
palavras estavam presas
Congeladas como
pedaços de gelos
Tentei ter os assoalhos do crânio limpos
Com todos os monstrinhos trancados num baú
Detalhei muitas horas as trincheiras cavadas
E desci por escadas estreitas sem corrimões
Ziguezagueando a vida resgatou-me sem pressa
E este coração pulsante não mais quis se calar
Fui aos poucos traçando minha alma por rabiscos
Sei que fiz confidências ao meu bloco de papel
Que desertei das dores pois cansei de guerrear
Que existe um alguém, em algum lugar com violetas pra mim
Ninho vazio

Observo a revoada deste meigo beija-flor
Navego em emoção como bolha de sabão
Entre brilhos de
estrelas a piscar acalanto
Não houve tamanho carinho igual ao seu
Não sinto da vida tão avermelhada paixão
Nem bocas úmidas sussurrando belas juras
Que rosas existem e espinhos se calam
Mas o vento sopra forte e meu ninho vem ao chão
Sinto algo diferente nos meus sonhos pertinentes
É um eterno vai e vem a procura de você
Não houve tamanho carinho igual ao seu
Não sinto da vida tão avermelhada paixão
Nem bocas úmidas sussurrando belas juras
Que rosas existem e espinhos se calam
Mas o vento sopra forte e meu ninho vem ao chão
Sinto algo diferente nos meus sonhos pertinentes
É um eterno vai e vem a procura de você
Gostaria de sentir arrepios dos lábios beijados
Sem sossego, peço arrego a essa louca paixão
Onde fomos um só corpo ao compasso amar
Onde fomos um só corpo ao compasso amar
Silvia Dunley 28.06.2012
Magia pura
Que feitiço tão
voraz tu fizestes para mim
Conto as horas e os
minutos pra ouvir sua voz
Me entrego por
inteira mas eu volto aos pedaços
Minhas carnes
tremulantes marcam horas decisivas
Já não vivo sem teu brilho mas não quero holofotes
Quero esse quente corpo no agasalho do meu eu
Mas que química magia no odor dos nossos corpos
Que entrega majestosa na alquimia de nós dois
Vou deixando me levar pois eu roubo tuas carícias
Vou fingindo não querer e querendo sem pudor
Pois amar de qualquer jeito só nos leva aos delírios
Me perdi nos seus braços mas também te fiz refém
Encontrei um novo mundo nesse colo mimador
Dou-te paz tão trigueira quanto o manto que nos cobre
Silvia Dunley 04.07.2012
Uma folha ao vento
Intenso inverno
congela meu corpo
Na alma eu trago teu nome quentinho
Sinto essência molhada aos pingos caídos
Na alma eu trago teu nome quentinho
Sinto essência molhada aos pingos caídos
Reflito ter-te em
miragem aos raios cortantes
Meus ombros já um tanto cansados se calam
Meus pés vagantes e rápidos desenham atalhos
Me sinto tal qual uma folha que cega acerta o rumo
Meus olhos um tanto úmidos escondem saudades
Não busco histórias criar, mas a vida artista me fez
Tão pouco não nego que imortalizei um Deus
Que nos invernos da alma teu sol brilhou as cegas
Que acalantei nossos corpos sob leitos arfantes
Aos delírios calores aquecíamos desejos
Que deixamos um legado aos amantes delirantes
Silvia Dunley 24.06.2012
Meus ombros já um tanto cansados se calam
Meus pés vagantes e rápidos desenham atalhos
Me sinto tal qual uma folha que cega acerta o rumo
Meus olhos um tanto úmidos escondem saudades
Não busco histórias criar, mas a vida artista me fez
Tão pouco não nego que imortalizei um Deus
Que nos invernos da alma teu sol brilhou as cegas
Que acalantei nossos corpos sob leitos arfantes
Aos delírios calores aquecíamos desejos
Que deixamos um legado aos amantes delirantes
Silvia Dunley 24.06.2012
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