domingo, 6 de maio de 2012


Rumo ao triunfo


Norteei minha bússola à procura de ti
Acolhi nesse peito magenta paixão
Delato açoites adornados n’alma
Cortejo vitórias cobertas de amor      


Nublado homem se torna xamã
Ambíguos erros atrelados aos tropeços
Agreste aos jeitos, trejeitos tão íntimos
Bicolor nossos corpos crepitam prazer


Preciso de fato viver esses fatos
Libertar esse corpo dos grilhões de outrora
Viver essa vida que ouso deter-me


Segurar suas mãos e nas estrelas amar
Deitar-me bem pura e beijar o teu nu
Voar as alturas e pousar nas entranhas


Silvia Dunley    05/05/2012 

Da minha costela


Tomara que eu tenha feito "gente" de verdade
Que agasalhe quem sinta frio na alma e no corpo
Que alimente famintas bocas num prato bem quente
Escute aquele que a vida o fez miserável viver

Ensine sem cena e reparta sua parte sem pena
Que grite bem alto aos podres ouvidos déspotas
Mergulhe em carinhos aos sujos pedintes de amor
Agradeça à Deus o muito que poucos tiveram

Que ergam castelos e muralhas se façam
Ecoem bramidos de feras feridas
Que ondas nos cubram nas praias desnudas

Engasgados mundos enganos se danem
Que prolatem em prol das verdades nascidas
E façam girar um mundo despido de utopias

Silvia Dunley       24/04/2012