sábado, 17 de setembro de 2011

Criador x Criatura

Curioso, moço! Como tô te querendo!
Fotografando você por palavras retilíneas,
Limitando suas vontades, te buscando inconsciente,
Dedilhando histórias nessa nua realidade.

Insanos somos, tão loucos de amor!
Quantas cartadas num jogo que cheira empate,
Belisco meu ego em pose Minerva,
Questiono o por quê de ser tão travessa.

Te tenho em sonhos de um jeito que quero,           
Crio esse mito soberbo, rasgando meu seio,
Laço vontades latentes nesse lapso ‘amar’.

Desnudo essa alma-menino com toda a malícia,  
Esboço esse moço-maroto com beijos molhados,
Crio um Pégaso-porreta que voa em prazer.

Silvia Dunley,   17/09/2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Moço danado

Deitar-me nos sonhos vividos por nós.              
Acordar seus anseios com meus devaneios,
Sombrear este homem com minha miragem.
Arranhar o seu dorso com tantas carícias.

Cair em seus braços com fortes odores,
Saciarmos a vontade de sermos um só.
Roçar nesse corpo gotículas de amor,
Tremer as vontades com grandes abalos.

Pudesse voar até o ínfimo prazer,
Criar brincadeiras nos banhos afagos.
Morder-te sem pressa de um jeito “abessa”.

Menino maroto de um tempo vivido,
Cabelos grisalhos que apelam meus “ais”,
Sacudo teu tempo, te faço viril.

Silvia Dunley,   09/09/2011




Vício x Amor

Afagos arfantes, carícias borbulham.
Penumbra esse vício que sinto por ti.

Tateio tua sombra com a ponta dos dedos,
Descubro tua alma com posse de nobre.

Atiço olhares viçosos, famintos,
Sugo sedenta a cada ousadia.
Precisa essa entrega que envolve desejos.
Encontro essa força chamada paixão.

Caminhos bem longos nos levam ao ápice.
Perdi-me de vez. Não sei e nem quero voltar.
Me entrego sem trégua, sem tempo no mundo.

Me enrosco em seus braços amassos.
Deu-me paz, os sonhos e ganhos,
Fez-me sua, muito fêmea e bem amada.

Silvia Dunley     31/08/2011

Nossa paixão