quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ao professor

Liderança, sensibilidade e dedicação,

Enfatizando a cultura, nasce a “célula professor”,

Definindo atitudes que nos ajudam nos problemas.

Frases em negrito ou cores berrantes, certeza de um futuro.


Sonhos que nascem e que aos poucos se tornam reais.

Idealizador incansável, o raio-X de um país em crescimento.

Cultura de especialista dentro de suas características,

Um profissional acima de todas as dificuldades possíveis.


O nosso conhecimento é do tamanho de um pingo d ‘água,

Mas a nossa ignorância é do tamanho de um oceano,

E por isso, todos os dias, aprendemos coisas novas.


Horizontes descortinam, um novo mundo se abre diante de nós,

Lá traz, abraçamos o mestre que não poupou esforços,

Com carinho e respeito, nos ensinou, do A ao Z, a nossa caminhada. 


Silvia Dunley  10/06/2011

Medo de amar


Olhar pra você só, já não basta.
Te contemplo sem piscar os olhos,
Para não perder nenhum sentido desse agora.
Mágicos momentos num turbilhão de segundos.

Cuidar dos caprichos, polindo esse amor,
Meu peito rejeita esse novo viver.
Quase enlouqueço de tantas vontades.
Questiono: Por que só vivo pra mim?

Deus abençoa um brinde a nós dois.
Receio um começo que possa doer,
À muito adormeço nas grades da alma.

Te vejo, te quero, preciso de ti,
Procuro um espaço com toda clareza,
Me vejo em seus braços, galgando prazeres.

Silvia Dunley,    22/06/2011 

Boêmio



Vivem na noite em bares antigos,
Frequentam as casas de conveniências,
Vida de agito, farra e de muitas inspirações,
Erguendo nas mãos uma gelada cerveja.

Aventureiro, o boêmio vive a vida solitário,
Compondo sempre a essência de um show,
Ama o novo, o diferente e sempre se renova,
Faminto do desconhecido e do exótico.

Ele é um grande artista! Faz com arte sua arte,
Cria a sua própria história e se torna imortal,
Sua cultura idealista se transforma em anarquista.

Nessa mesa de amigos, cada qual voa mais alto,
Se tornando presas fáceis, pois a vida não perdoa.
Pra safar dessas mazelas, o boêmio toma Boêmia.

Silvia Dunley,    23.06.2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Fibra sertaneja

Surgem então folhas secas. Toda terra fragmenta,

A colheita foi pro brejo, não se tem o tempo certo.
Quando chega a fina chuva, vem trazendo tempestades.
Sertanejo agradece pelo milho e o feijão.

O matuto faz a prosa, mas a vida se proseia,
Vê e vive essa luta com tamanha artimanha.
Sabiá procura abrigo na viola desse canto.
Bem na beira de um riacho, ele espera a bonança.

Pisa firme esse caboclo nesse solo duro e seco,
Traz consigo essa força que alavanca seu viver,
Vê de longe um tempo negro, mas entoa um pedido.

Geografia desumana onde só vislumbra o árido.
Sem ter água, plantações e melhoras de futuro,
Ele encarna na pele e no osso, um eterno sertanejo.

Silvia Dunley.    15.06.20011.

Gostaria de

Cessar teu calar com serenos afagos.
Tocar tua face com úmidos lábios.
Roçar-me sem pressa nos braços amassos.
Cruzar minhas mãos em hábeis carinhos.

Sentir teu odor nas vestes que visto.
Fazer contra-mão ,neste homem turrão.
Correr em tuas veias, a espera do resto.
Viver sem pressa neste apego chamego.

Furtados prazeres com nossas conquistas.
Mágicos momentos vividos e despidos.
Jurados em corpos, volúpias carnais.

Criamos segredos contidos no êxtase.
Violamos as regras no luxo selvagem.
Bebemos sedentos os deleites finais.

Silvia Dunley 03.05.2011

Falando sério

Fui sequestrada. Apaixonei-me perdidamente.
 Seu jeitinho de falar ao pé do meu ouvido,arrepia-me.
 Lentamente me agito com o toque dos seus lábios.
 O doce mel de um beijo apimentado. E como !

 Aprisionada sem ter medo, sem ter pressa.
 Pertinho de um sequestrador ,me sentia protegida.
 Fui aos poucos descobrindo de qual mal sofria,
 E então deparei-me com a Síndrome de Estocolmo.
  
Nada pude evitar e tão pouco, não queria.
 Entreguei-me por inteira para um homem cativante.
 Eu fui pega. Sem correntes, sem prisões.

Nesse quarto escurinho, onde vivo encarcerada,
Eu procuro nos minutos, muitas horas de pavor.
E te digo meu amor, só nos temos por prazer.

Silvia Dunley. 09.06.2011.

Cadê você?



Diga-me moço, como te achar?
Caminhadas longas, procuras incertas,
Obscuras estradas e muitos atalhos,
Pisadas doídas em solo de pedras.

Vi o sol se pôr, vi o luar encabular,
Ao topo subi, ao acaso não dei caso.
Fui ao encontro do encanto, nessa febre de te amar.
Descobri essa força, recupero as vitórias.

Eu te achei bem no fundo do meu eu!
Quietinho, escondido parecias assustado,
Andarilho desta vida, não pousa nem repousa.

Um tantão de carinhos por um tantinho de minutos.
Não apague essa luz, eu preciso que me enxergues,
Jogue fora suas histórias, mas me tenhas no rascunho.

Silvia Dunley,     10/04/2010